O impacto da construção civil para a economia movimenta não apenas essa indústria, mas também outros setores que colaboram na geração de empregos e riquezas para o país.
É o caso das indústrias moveleiras, das empresas que fazem a comercialização e naquelas que instalam os diversos componentes e objetos adquiridos após a entrega da obra.
O fato é que as construtoras, incorporadoras e empreiteiras contribuem para movimentar boa parte da economia, o que é muito importante para a formação do PIB, Produto Interno Bruto, do Brasil, gerando milhares de empregos e renda para a sociedade, de forma direta e indireta.
Nesse post apresentamos o impacto da construção civil para a economia e seus reflexos junto à sociedade e ao empreendedorismo brasileiro. Continue lendo e saiba mais sobre o assunto!
O ano de 2020 apresentou resultados negativos em todo o mundo, por conta de fatores externos e imprevisíveis – a pandemia que estamos vivendo, e no Brasil não foi diferente.
Na área da construção civil, o ano fechou com a queda do PIB nesse setor em 2,8%.
Esses dados foram apresentados pela CBIC, Câmara Brasileira da Indústria da Construção, que também estima uma expectativa de crescimento de 4% para o ano de 2021.
Como comparativo, as estimativas para o Brasil em 2021, segundo a OCDE (Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico), é que o país terá um crescimento geral na economia de 3,7%.
O impacto da construção civil para a economia brasileira foi estudada pela CBIC e trouxe números expressivos que colaboram efetivamente na:
O estudo demonstra que cada R$ 1,00 gasto na construção de uma nova habitação, representa um complemento de investimentos de R$ 1,46.
Isso se deve aos impactos diretos, indiretos e induzidos associados a essa indústria.
Para se ter ideia dos valores, o estudo da CBIC chegou a conclusão que, para o atendimento da demanda brasileira por moradias em 2019, foram investidos R$ 204 bilhões.
Acrescido a esse valor, R$ 171 bilhões foram destinados à cadeia de suprimentos desse segmento e outros R$ 126 bilhões a outros setores da economia.
Portanto, o total de investimentos ultrapassam os R$ 500 bilhões.
Os gastos pós-obra são realizados para o complemento do imóvel entregue e movimentam valores expressivos na economia.
O mesmo estudo da CBIC apresenta estimativas desses valores segundo suas categorias, que você poderá acessar em detalhes no link do final desse texto.
O total de gastos no pós-entrega das obras, segundo as estimativas, chegou a R$ 73,6 bilhões, demonstrando a importância e o impacto da construção civil para a economia.
Para se ter ideia de algumas categorias que são mais expressivas, apresentamos quatro delas que valem a pena ser conhecidas:
As obras nas habitações são aquelas realizadas para complementar ou personalizar algum ambiente e que não estão previstas nos financiamentos realizados.
Estima-se que as famílias brasileiras gastaram nessas obras R$ 17,3 bilhões em 2019.
Diante do impacto da construção civil para a economia, outra categoria que é beneficiada no pós-entrega é a área de confecção de artigos de decoração.
Segundo o estudo apresentado, estima-se que foram gastos R$ 8,5 bilhões nesse segmento.
Os eletroeletrônicos de uso doméstico também fazem parte do grupo de impactos indiretos, onde, segundo os estudos, receberam investimentos dos proprietários de imóveis novos, a quantia de R$ 5,8 bilhões.
Aqui entram toda a equipagem de geladeira, fogão, ar condicionado, entre outros.
O mobiliário é a categoria mais valorizada, segundo as estimativas da CBIC, recebendo, nesse caso, investimentos de R$ 16,2 bilhões, após a entrega do imóvel aos seus donos.
Como se observa, a construção civil impacta toda a sua cadeia logística, mas, vai muito além disso, colaborando com resultados e promovendo negócios em outros segmentos.